MANDRÁGORA - UMA PLANTA ESTRANHA?!

17-11-2015 20:37

MANDRÁGORA - UMA PLANTA DE HISTÓRIA, UMA PLANTA MUITO ESTRANHA

 

 

LEIA E FIQUE A SABER SOBRE ELA:

 

“A mandrágora é uma planta perene e que tem uma grande raiz principal, bifurcada e muito ramificada e que por vezes adquire a forma humana. As folhas têm 30 centímetros e são verde-escuras, ovadas, basais e as flores são de cor amarela ou púrpura”, explicou ao Ciência 2.0. Os frutos por ela originados são carnosos e de cor amarela, sendo aromáticos e tóxicos. Foram apelidados pelos árabes como “as maçãs do diabo”, por terem propriedades consideradas afrodisíacas.

 

Acreditava-se que a mandrágora tinha poderes mágicos, tendo sido associada muitas vezes a rituais de bruxaria, e que servia como tratamento, por exemplo, para a infertilidade. Ao longo de vários séculos, autores clássicos, como Sócrates, Demóstenes, Macróbio e Teodoreto, escreveram sobre as propriedades soníferas e anestésicas desta planta.

 

“A planta lançava um grito que enlouquecia aquele que o ouvisse”

Teofrasto, filósofo grego que escreveu o primeiro tratado sobre plantas, contou, no livro "Enquiry Into Plants II" a história da lenda das mandrágoras que passamos a citar: “O herborista só o poderia fazer à noite. Primeiro, teria de se inclinar em direção do sol poente e homenagear as divindades infernais, isto é, as forças telúricas. O produtor deveria desenhar três círculos ao redor da planta com a sua espada de ferro virgem. Então, de frente para o oeste para evitar feitiços, ele deveria cortar porções das raízes secundárias. Em seguida, não deveria proceder pessoalmente à colheita pois, no momento em que era arrancada, a planta lançava um grito que matava ou enlouquecia aquele que o ouvisse. Por isso, depois de ter cuidadosamente tapado os ouvidos com cera, o herborista amarrava um cão à planta e atirava-lhe um pedaço de carne um pouco além do seu alcance. O cão corria e caía morto. Mas a mandrágora estava arrancada. Uma colheita tão perigosa merecia uma grande retribuição. Mas que importância tinha, já que a mandrágora reembolsava largamente seu comprador. Bastava fechá-la num cofre para que ela dobrasse o número de moedas que ele continha”.